Qual o sentimento que a sua marca
transmite ao seu cliente? Essa não é uma reflexão simples. As possíveis
respostas para essa pergunta trazem consigo diversos desdobramentos, que
não só deveriam ser levados em conta, como também deveriam fundamentar a
própria base do que a sua marca significa.
Muitas empresas se esforçam em focar suas ações em grandes campanhas,
preocupadas com sua imagem em diversas plataformas. Claro que isso é de
extrema importância, porém, sem responder e definir bem a sua
identidade de marca antes de tudo isso, todo esse esforço é em vão.
Quer um exemplo? Um comercial da Coca Cola, fala sobre refrigerante? O
que ursos polares, o Papai Noel ou a vida jovem tem a ver com
refrigerante? Nada. A Coca Cola tem uma identidade de marca tão forte
que eles podem colocar diversos elementos em seus comerciais, podem
inclusive falar de tudo menos de refrigerante, que seu público
consumidor vai saber do que se trata a propaganda, vai querer comprar
Coca Cola, e não é por uma questão persuasiva daquele comercial em
específico. Ela associa o produto a fatores positivos que quer
enfatizar.
A marca que conhece seu público é pautada nele, diz algo sobre ele,
se comunica com ele pelo simples fato de existir, e isso dá peso a um
trabalho de comunicação. Isso faz com que o processo de branding seja
quase que a criação da “alma” da marca ou da empresa.
Quando essa força existe, mesmo que produtos ruins sejam produzidos
ou haja alguma falha, tanto de produto quanto de comunicação, isso não
será um fator terminal para a empresa, pois a confiabilidade criada é
muito mais intensa.
A marca não é a sua comunicação e nem o seu produto. Campanhas vêm e
vão. Pode parecer absurdo, mas a grande campanha daquele momento vai
servir por algum tempo, e o que vai continuar a alimentar sua empresa
com leads é a força que sua marca tem na visão do consumidor, e isso nem
sempre vem de uma propaganda, ação de marketing ou mesmo divulgação na
imprensa.
Muitas empresas comentem esse erro, focando a gerencia de sua empresa
ao pilar da comunicação externa. São raras as empresas que adotam um
pensamento antropológico para sua marca, dando rosto, corpo, gostos e
desgostos para o cliente que as define. Isso é subestimar a capacidade do impacto psicológico que a marca tem no público.
O trabalho de construção da marca deve construir, acima de tudo, uma
imagem na cabeça de seu público-alvo. Quais aspectos psíquicos a serem
explorados pela marca na mente do público? É por isso que técnicas de
storytelling dão tão certo, pois elas ligam uma marca ao emocional do
cliente, criando um vínculo muito mais profundo do que o do estimulo
consumista.
Lembre-se dessa reflexão, isso vai te ajudar a não criar uma marca
rasa e sem o core necessário para conquistar clientes, de verdade!
Fonte: Welton Ramos - Jornalista na InformaMídia Comunicação e colaborador do Blog da PME (www.informamidia.com.br/blog).
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