É
esperada para esta semana a sanção da presidente Dilma Rousseff da MP
563, medida provisória que incluirá smartphones na Lei do Bem. Segundo o
ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a MP permitirá reduzir o
preço dos gadgets em até 25%. A novidade pode ajudar a baratear os
aparelhos, inclusive o novo iPhone 5. Embora a Apple não tenha definido
data para a chegada do novo gadget iOS por aqui, ou preço desbloqueado, é
provável que ele aporte até o fim do ano, quando deve chegar às lojas
de cem países.
— A presidente Dilma já nos disse que vai sancionar
a parte da MP que trata da inclusão dos smartphones na Lei do Bem —
afirmou Paulo Bernardo. — Com a edição rápida do decreto, poderemos ter
vendas de aparelhos mais baratos já no fim do ano.
Para os
fabricantes, a MP já sinaliza um semestre mais viçoso. Sérgio Buniac,
vice-presidente da Motorola Mobility no país, está otimista:
—
Acreditamos que o mercado de smartphones crescerá entre 30% e 40% neste
semestre — diz, antecipando os resultados com a decisão do governo.
Mas
nem só de iPhone 5 vive a esfera da mobilidade. Enquanto ele não vem,
com sua tela de 4 polegadas e peso-pena de 112 gramas, além de câmera
com lentes alinhadas por cristais de safira e iTunes returbinado, há
opções interessantes de smartphones no mercado com Android e Windows
Phone.
— O novo iPhone, aliás, incluiu entre as melhorias coisas
que seus rivais já tinham, como maior tamanho e leveza — comenta Jorge
Monteiro, diretor-executivo da Superfones, empresa de serviços de
mobilidade. — E a interface do Android está mais amigável.
De olho
nessas alternativas high tech, experimentamos alguns smartphones: o
Samsung Galaxy S III, com a versão 4.0 (Ice Cream Sandwich) do Android,
assim como o Razr Maxx da Motorola; e os Lumia 800 e 900, da Nokia, com o
sistema da Microsoft.
À primeira vista, o Android pode parecer a
escolha óbvia, já que está muito mais de acordo com a vida digital de
nossos dias, trazendo para a mobilidade a conexão com os vários serviços
Google: Gmail, Maps, Google Play, Gtalk e afins. No caso específico do
Galaxy S III, há funções interessantes como a Direct Call (que permite
fazer uma ligação para o autor de um SMS apenas levando o celular ao
ouvido), a Best Photo (em que a câmera indica a foto mais bem captada de
uma série) e a Buddy Photo Share, que identifica um amigo numa imagem
com um toque.
Mas o Windows Phone tem algumas vantagens. É mais
focado, e os “live tiles” (os tijolinhos coloridos que formam sua
interface) na home do smartphone separam as seções do telefone de
maneira inteligente. A usabilidade tem um feeling mais simples
em ambos os Lumia — especialmente no 800, cuja tela cabe melhor na mão,
tendo 3,7 polegadas, contra 4,3 do 900 e Razr Maxx e 4,8 do S III —, e
os usuários de celulares mais conservadores poderão se beneficiar disso.
Os “live tiles” são uma alternativa enxuta à cascata de ícones nos
Android, e a interface Nokia é elegante.
Diferença na quantidade de apps
Por
outro lado, a quantidade de aplicativos do Windows Phone é bem menor
que a do Android (este tem 600 mil, contra 120 mil do concorrente — o
iOS tem 500 mil), e o sistema da Microsoft ainda não decolou. Segundo
recentes números da IDC, enquanto o Android permanece o líder de
mercado, com 68% de usuários, o Windows Phone amarga 3,5% — o iOS tem
17%. No caso dos Lumias 800 e 900, eles ainda rodam o Windows Phone 7,5,
enquanto a Nokia (e a própria Samsung, antes) já lançou modelos com
Windows Phone 8 lá fora, antecipando a chegada do novo sistema
operacional da Microsoft.
Embora o S III seja maior e meio
desajeitado na mão (a tela é de 4,8 polegadas), é quase dez gramas mais
leve que o Lumia. Sua tela permite jogar melhor “Angry Birds” e ver
vídeos. No mais, os Lumias, o S III e o Razr Maxx têm características em
comum, como o AMOLED nas telas, 8 megapixels nas câmeras principais e
filmagem em HD.
O diferencial do Razr Maxx está na bateria. O
smartphone suporta até 18 horas de conversa, mais que o dobro do novo
iPhone 5, que aguenta apenas oito. Outro destaque do celular da Motorola
é a resistência. A tela Gorilla Glass é quase impossível de riscar e o
corpo do aparelho é em metal, com acabamento em kevlar na parte de trás.
— Antes, o iOS era o sistema mais estável, mas o Android se aprimorou e subiu o nível da disputa — diz Monteiro.
Entretanto,
o fator bolso pode pesar na decisão final. O S III custa R$ 1.800
contra R$ 990 do Lumia 800 e R$ 1.600 do Lumia 900. O Razr Maxx sai por
R$ 1.124. Ao menos até a aprovação final da MP.
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