segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Enquanto o iPhone 5 não vem, Androids e Windows Phones fazem bonito e podem ficar mais baratos

É esperada para esta semana a sanção da presidente Dilma Rousseff da MP 563, medida provisória que incluirá smartphones na Lei do Bem. Segundo o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a MP permitirá reduzir o preço dos gadgets em até 25%. A novidade pode ajudar a baratear os aparelhos, inclusive o novo iPhone 5. Embora a Apple não tenha definido data para a chegada do novo gadget iOS por aqui, ou preço desbloqueado, é provável que ele aporte até o fim do ano, quando deve chegar às lojas de cem países.

— A presidente Dilma já nos disse que vai sancionar a parte da MP que trata da inclusão dos smartphones na Lei do Bem — afirmou Paulo Bernardo. — Com a edição rápida do decreto, poderemos ter vendas de aparelhos mais baratos já no fim do ano.

Para os fabricantes, a MP já sinaliza um semestre mais viçoso. Sérgio Buniac, vice-presidente da Motorola Mobility no país, está otimista:

— Acreditamos que o mercado de smartphones crescerá entre 30% e 40% neste semestre — diz, antecipando os resultados com a decisão do governo.

Mas nem só de iPhone 5 vive a esfera da mobilidade. Enquanto ele não vem, com sua tela de 4 polegadas e peso-pena de 112 gramas, além de câmera com lentes alinhadas por cristais de safira e iTunes returbinado, há opções interessantes de smartphones no mercado com Android e Windows Phone.

— O novo iPhone, aliás, incluiu entre as melhorias coisas que seus rivais já tinham, como maior tamanho e leveza — comenta Jorge Monteiro, diretor-executivo da Superfones, empresa de serviços de mobilidade. — E a interface do Android está mais amigável.

De olho nessas alternativas high tech, experimentamos alguns smartphones: o Samsung Galaxy S III, com a versão 4.0 (Ice Cream Sandwich) do Android, assim como o Razr Maxx da Motorola; e os Lumia 800 e 900, da Nokia, com o sistema da Microsoft.

À primeira vista, o Android pode parecer a escolha óbvia, já que está muito mais de acordo com a vida digital de nossos dias, trazendo para a mobilidade a conexão com os vários serviços Google: Gmail, Maps, Google Play, Gtalk e afins. No caso específico do Galaxy S III, há funções interessantes como a Direct Call (que permite fazer uma ligação para o autor de um SMS apenas levando o celular ao ouvido), a Best Photo (em que a câmera indica a foto mais bem captada de uma série) e a Buddy Photo Share, que identifica um amigo numa imagem com um toque.

Mas o Windows Phone tem algumas vantagens. É mais focado, e os “live tiles” (os tijolinhos coloridos que formam sua interface) na home do smartphone separam as seções do telefone de maneira inteligente. A usabilidade tem um feeling mais simples em ambos os Lumia — especialmente no 800, cuja tela cabe melhor na mão, tendo 3,7 polegadas, contra 4,3 do 900 e Razr Maxx e 4,8 do S III —, e os usuários de celulares mais conservadores poderão se beneficiar disso. Os “live tiles” são uma alternativa enxuta à cascata de ícones nos Android, e a interface Nokia é elegante.

Diferença na quantidade de apps
Por outro lado, a quantidade de aplicativos do Windows Phone é bem menor que a do Android (este tem 600 mil, contra 120 mil do concorrente — o iOS tem 500 mil), e o sistema da Microsoft ainda não decolou. Segundo recentes números da IDC, enquanto o Android permanece o líder de mercado, com 68% de usuários, o Windows Phone amarga 3,5% — o iOS tem 17%. No caso dos Lumias 800 e 900, eles ainda rodam o Windows Phone 7,5, enquanto a Nokia (e a própria Samsung, antes) já lançou modelos com Windows Phone 8 lá fora, antecipando a chegada do novo sistema operacional da Microsoft.

Embora o S III seja maior e meio desajeitado na mão (a tela é de 4,8 polegadas), é quase dez gramas mais leve que o Lumia. Sua tela permite jogar melhor “Angry Birds” e ver vídeos. No mais, os Lumias, o S III e o Razr Maxx têm características em comum, como o AMOLED nas telas, 8 megapixels nas câmeras principais e filmagem em HD.

O diferencial do Razr Maxx está na bateria. O smartphone suporta até 18 horas de conversa, mais que o dobro do novo iPhone 5, que aguenta apenas oito. Outro destaque do celular da Motorola é a resistência. A tela Gorilla Glass é quase impossível de riscar e o corpo do aparelho é em metal, com acabamento em kevlar na parte de trás.

— Antes, o iOS era o sistema mais estável, mas o Android se aprimorou e subiu o nível da disputa — diz Monteiro.

Entretanto, o fator bolso pode pesar na decisão final. O S III custa R$ 1.800 contra R$ 990 do Lumia 800 e R$ 1.600 do Lumia 900. O Razr Maxx sai por R$ 1.124. Ao menos até a aprovação final da MP.

Texto: O Globo

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