A partir desta terça-feira (18), bancários de todo o país entram em
greve por tempo indeterminado. A paralisação inclui tanto bancos
públicos quanto privados, segundo informou Juvandia Moreira, presidente
do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. No ano
passado, a categoria ficou em greve por 21 dias.
A paralisação foi aprovada nas assembleias realizadas na última
quarta-feira (12) pelos mais de 130 sindicatos representados pelo
Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT
(Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Clientes de bancos que forem a uma agência bancária poderão encontrar
funcionando apenas os caixas eletrônicos. Porém, o sindicato afirma que,
em geral, no primeiro dia de greve, a adesão dos trabalhadores pode não
ser muito grande.
"A greve começa nesta terça nos principais corredores [locais com
grande concentração de bancos, tais como o centro de São Paulo e a
avenida Paulista] e depois vai atingindo e ampliando para um maior
número de agências e também pegando as concentrações bancárias", disse
Juvandia, em entrevista coletiva em São Paulo. "Os caixas eletrônicos
vão funcionar. O cliente que for à agência vai ter o caixa eletrônico
disponível. Mas não vai ter atendimento ao público".
Reivindicações
Os bancários reivindicam reajuste salarial de 10,25%, com 5% de aumento
real, além de plano de cargos, carreira e salários, maior participação
nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nas agências. A proposta
oferecida pela Fenaban foi 6% de reajuste salarial (0,58% de aumento
real).
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) não se pronunciou sobre a
greve, mas alertou a população de que muitas das operações bancárias
poderão ser realizadas por meio dos caixas eletrônicos, internet
banking, telefone e correspondentes bancários, tais como casas
lotéricas, agências dos Correios e outros estabelecimentos credenciados.
Há quase 500 mil bancários em todo o Brasil, sendo 138 mil na base do
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A expectativa do
sindicato é que a greve desse ano possa mobilizar mais do que os 42 mil
bancários que entraram em greve no ano passado em São Paulo e na região
metropolitana.
Texto: UOL
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