segunda-feira, 5 de março de 2012

Previsão aponta 40% de probabilidade de chuvas acima do normal no Amapá até abril

Poder público não se organiza com medidas preventivas. As fortes chuvas deixam em alerta os moradores das áreas de risco. 

O índice pluviométrico mensal de chuva excedeu a média histórica em até 300 mm do rio Amazonas no Estado do Amapá. A situação é a mesma no noroeste do estado amazonense. As chuvas acima do esperado em toda a Região Norte decorrem do gradual enfraquecimento do fenômeno La Niña e, assim devem permanecer até o mês de abril.

A informação é do último Boletim Prognóstico Climático do Instituto de Meteorologia (Inmet), divulgado esta semana. Essa previsão continua apontando para uma maior probabilidade (40%) das chuvas ocorrerem acima da normal climatológica nos setores central e norte da Região nortista.

O prognóstico também indica maior probabilidade (75%) de chuvas normais e abaixo da normal climatológica, na parte norte da Região Nordeste do Brasil. O enfraquecimento do La Niña, segundo o Inmet, deve afetar todo o País.

Despreparo
A previsão de fortes chuvas deixa em alerta a população que ainda mora em área de risco em Macapá. Sem política habitacional, moradores se instalam em áreas consideradas perigosas. E na maioria das vezes, o poder público só age quando acontece alguma tragédia. Ou seja, não existem medidas preventivas para assistir a esta parcela da população.

Há duas semanas, quando ocorreu o desabamento de terra no bairro Pantanal, a Defesa Civil esteve no local apenas no dia do deslizamento. As três famílias atingidas foram orientadas a sair da área – condenada pelo órgão no dia da visita – e ir para uma escola mais próxima. Mas se recusaram por medo de suas casas serem demolidas e não terem para onde ir.

Se tivessem acatado a orientação, ao chegarem à Escola Municipal José Leoves Teixeira que fica no vizinho bairro Renascer I, as portas estariam “fechadas”, já que o diretor da instituição, Antônio de Oliveira Costa não foi avisado que as famílias foram orientadas a ir pra lá. “Não sabia que houve desabamento recentemente naquela área. Mas se as famílias precisarem estamos aqui para ajudá-los da melhor forma possível”, se prontificou o diretor. Ele também deu como sugestão, a utilização do Centro Comunitário do bairro Renascer I, para as famílias se alojarem.

Os moradores atingidos com o desabamento reclamaram de não receber nenhum apoio para retirada: da terra que invadiu as casas, da árvore e de um poste na encosta que ameaçavam cair em cima das residências. Por causa do que elas consideraram descaso do poder público com o perigo que a área representa, as famílias não acreditam numa solução das autoridades se tiverem que sair da área de risco.

Texto: A Gazeta

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