terça-feira, 1 de novembro de 2011

Amapá e Mato Grosso constroem agenda comum de desenvolvimento econômico

Senadores Randolfe Rodrigues (POSL-AP) e Pedro Taques (PDT-MT) constroem agenda comum com setores comercial e industrial do Amapá. Durante reunião na segunda-feira (31), os presidentes da Fecomercio, Ladislau Monte, do Conselho Deliberativo do Sebrae, Alfeu Adelino Dantas e da ACIA, Gilberto Laurindo, e demais lideranças do setor empresarial apresentaram expectativas e demandas do setor. Pedro Taques ressaltou que seu estado tem total interesse no Amapá em função da exportação de grãos através do Porto de Santana.


“Essa visita foi muito importante para que os dois estados comecem a visualizar oportunidades de parcerias”, disse o presidente da Fecomercio, Ladislau Monte. O Mato Grosso é grande produtor de grãos e o Amapá tem um dos portos de maior profundidade da Amazônia, com localização geográfica estratégica em direção ao oceano Atlântico e aos países importadores da Europa, América do Norte Ásia. Escoar através do Amapá significa uma economia de pelo menos 15 dias para os exportadores.


O caminho dos grãos produzidos em Mato Grosso será a rodovia Cuiabá-Santarém através de carretas, de Santarém ao Porto de Santana em balsas, e do Amapá para o mundo em grandes navios graneleiros. “Mato Grosso é o quinto PIB do país, com grande produção de grãos e crescimento econômico de 11% na última década, acima do PIB nacional. O Amapá é um dos últimos, só que Mato Grosso não tem porto e nós temos. Portanto, essa parceria é de total interesse nosso”, disse o senador Randolfe.


O processo de consolidação da rota está em curso e empresas mato-grossenses do setor já adquiriram terras na Ilha de Santana para construção de terminais graneleiros. Isso significa que o Amapá tem que se estruturar com celeridade. “Os desafios de empreender são muito grandes e alguns obstáculos estão na nossa própria casa. Um deles é a burocracia, pés de chumbo que impedem o crescimento econômico”, alertou o vereador Clécio Luís (PSOL-AP). Como exemplo ele citou a dificuldade de se legalizar terrenos, conseguir alvarás de construção e outros serviços na prefeitura de Macapá.


Um porto exportador de grãos gera divisas, empregos em grande escala e abre novas perspectivas econômicas. Além de entreposto de exportação, o Amapá pode se tornar um polo de beneficiamento e industrialização desses grãos. “Nossa localização é privilegiada. Estamos próximos da Europa, do Canal do Panamá e, por conseguinte, dos mercados orientais. Temos que estreitar as relações dos setores industriais e comerciais do Amapá e do Mato Grosso”, finalizou Randolfe. 

Da reunião realizada na Fecomercio, ficou o compromisso de um encontro maior entre empresários amapaenses e investidores do Mato Grosso, a ser articulado pelos senadores Randolfe Rodrigues e Pedro Taques. “Estamos de portas abertas para receber os empresários de Mato Grosso. A Fecomercio estará apoiando todos os que vierem para contribuir com o progresso do nosso estado”, finalizou Ladislau Monte.


Márcia Corrêa

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