O Facebook não quer ficar para trás, como
aconteceu com outras redes sociais populares, como o MySpace
e o Orkut. Por isso, a empresa anunciou os seus planos de expansão para os próximos 10 anos, que envolvem
chats inteligentes, conectividade global e óculos de realidade virtual mais
discretos.
Mark Zuckerberg dividiu o futuro da
empresa em duas fases: o planejamento para os próximos cinco anos e para a
próxima década. Até 2021, a empresa vai melhorar e dar mais destaque para as
transmissões de vídeos ao vivo em sua rede social e manter o foco nos seus
aplicativos Messenger, WhatsApp e Instagram.
A ideia é fazer tudo isso ao mesmo tempo que a companhia continua a aperfeiçoar a pesquisa e os grupos no Facebook.
Será comum, na visão do Facebook, interagirmos com bots no Messenger. Quando
mandarmos uma mensagem para uma empresa pelo app, receberemos respostas
automáticas eficientes ao ponto de dispensar a necessidade de realizar ligações
para um SAC.
Esses bots prometem ser bem melhores do que aqueles simples vistos nos
tempos de MSN. Isso porque eles são o resultado dos esforços de inteligência
artificial da companhia. Além de tirar dúvidas, eles poderão também ajudar o
usuário a completar compras.
Agora, para os próximos 10 anos, a empresa tem planos mais ambiciosos e
futurísticos. O Facebook acredita que a plataforma de realidade virtual estará
amadurecida e nossa comunicação por esse mundo alternativo será possível.
Zuckerberg disse acreditar que os óculos de realidade virtual serão bem mais
parecidos com óculos comuns, e não grandes como são hoje o Rift ou o Gear VR.
Entretanto, o CEO mencionou também que esses acessórios poderão exibir imagens
em realidade aumentada (que coloca imagens digitais sobre a sua visão normal).
Até o momento, a empresa não chegou a investir nesse segmento.
Outro plano do Facebook é levar a internet a mais pessoas. Hoje, mais de 4
bilhões – que poderiam estar no Facebook – ainda não têm acesso a web.
A iniciativa Internet.org não é nova, ela existe desde 2013 e já conectou
mais de 25 milhões de pessoas à internet. O que o Facebook disse que vai fazer
nos próximos anos é continuar a expandir o projeto, que ainda precisa chegar a
muitos países, e até mesmo usar drones que transmitem sinal de internet via
laser em locais com pouca conectividade (ausência de cabos, no caso).
Como forma de reafirmar seu compromisso de conectar o mundo, o Facebook
oferece o programa Free Basics, que dá acesso gratuito para a rede social e a alguns
sites que a empresa considera importantes.
Fora isso tudo, a empresa ainda planeja desenvolver tecnologias de
inteligência artificial para criar soluções mais inclusivas para o público,
como leitura de fotografias para cegos, ou diagnósticos de problemas médicos,
como câncer de pele, por meio de fotografias.
Se a empresa vai conseguir entregar tudo que planeja para os próximos 10
anos, ao mesmo tempo que mantém sua base de mais de 1 bilhão de usuários ativos
na rede social, só o tempo dirá. No entanto, as intenções anunciadas pela
companhia indicam que o futuro das redes sociais não está nos apps para
smartphones por muito tempo, e, sim, na realidade virtual.
Fonte: Lucas Agrela
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