Na tarde da última quinta-feira, 28, pesquisadores do Núcleo de Hidrometeorologia e Energias Renováveis (Nhmet), do Programa Estadual de Gerenciamento Costeiro (Gerco/AP) edo Centro de Pesquisas Aquáticas (Cpaq)do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa), se deslocaram ao Município de Santana,a fim de realizar estudos preliminares que objetivam responder às causas prováveis do acidente, que ocorreu na madrugada do dia, 28, por volta de 00h22 na área portuária,na qual,à estrutura portuária da empresa Anglo American desabou nas águas do rio Amazonas, à foz do rio Matapí.
Para auxiliar no entendimento dos motivos pelos quais ocorreu o acidente, os pesquisadores do Iepa, Marcos Henrique de Abreu Martins (Cpaq), Gilvan Portela (Nhmet) e UédioRobds Leite da Silva (Gerco/AP) estiveram no local, registrando a situação, buscando informações empíricas para a caracterização do local e do entorno do porto da Anglo. Estes pesquisadores desenvolveram atividades junto com os técnicos do Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Estado do Amapá (Imap), Paulo Couto, Robério Santos eCleane Pinheiro e Márcio Pimentel da Secretaria de Estado da Indústria Comércio e Mineração (Seicom).
Metodologicamente foi realizado um reconhecimento de campo por meio de voadeira, com apoio logístico da empresa Anglo American com a ajudados funcionários José Carlos e Raimundo Júnior.
Nos trechos á montante (Comunidade do Elesbão), à jusante (Terminal de passageiros e porto da Amcel) e em frente ao local do acidente (Ilha de Santana) foram levantadas informações sobre o momento do acidente para identificar possíveis anomalias no meio natural, o que não foi constatado. Desse modo, pode-se afirmar que o acidente não tem qualquer relação com “ondas gigantes, sísmica ou maré de Sizígia”, conforme especulações, pois no momento do acidente a maré estava na baixa-mar. Segundo informações de moradores do entorno, as ondas iniciaram após o rompimento e desabamento da estrutura portuária.
Uédio Leite do Gerco/AP,explicou, que a partir das informações levantadas, será elaborado um relatório técnico que servirá de passo inicial para a compreensão das causas do acidente, bem como indicar quais fatores, possivelmente, concorreram para o comprometimento de toda a estrutura, considerando-se nesse caso, as condições de volumes e frequências de cargas e, sua implicação na própria manutenção de funcionamento do complexo portuário, como também a interferência do meio natural, fatores hidrodinâmicos e batimétricos com a estabilidade sedimentar e edáfica do local.
Também, em ocasião deste acidente, o mestre em meteorologia do Iepa, Jeferson Vilhena,com base no trabalho em que realizana Sala de Situação do Iepa, prestou todas as informações necessárias a Imprensa local e Nacional. O meteorologista esclareceu, sobre as ultimas atualizações da previsão do tempo, e monitoramento meteorológico do Estado do Amapá, atualizações estas, que irão contribuir sobre as reais causas dessa tragédia.
Nhmet, Cpaq e Gerco/Ap, esses centros são todos pertencentes ao Iepa, e através desses técnicos e pesquisadores, que realizaram esses estudos do acidenteem Santana. Será possível também, que eles possam desenvolverlevantamento de outras áreas que apresentem algum risco a população amapaense assim, como já vem sendo realizados nos últimos 12 (doze anos) pela Equipe do Gerco/AP, visto que, eem Laranjal do Jari, Ferreira Gomes, Calçoene e em Porto Grande no ano de 2011, quando na ocasião,houve acidentes através de fenômenos naturais. Esses trabalhos foram realizados por esses técnicos. Para tanto, oIepa, por meio dessas equipes, se dispõe sempre, em poder contribuir de forma efetiva na realização desses levantamentos, estudos e monitoramentos, para assim, ajudar nessas missões o qual, tem como objetivo preservar a vida humana.
Texto: Angela Andrade/Iepa.
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