Governo anuncia congelamento do IPI até o fim do ano
O governo anunciou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) não vai mais subir até o fim do ano. O reajuste do imposto estava programado para hoje. Se a alíquota do imposto tivesse aumentado para 3,5% como estava previsto, um carro 1.0 completo subiria de R$ 26.700 para R$ 27.100. Se a alíquota cheia, de 7%, estivesse em vigor, o preço ficaria bem mais salgado: o mesmo modelo sairia por R$ 27.900.
Até um carro ficar pronto para a venda, vários segmentos da indústria automobilística foram acionados: autopeças, pneus, borracha, plástico. Quando a produção em um deles cresce, os demais seguem o mesmo caminho. Por isso, a venda de automóveis é tão estratégica para a economia do país.
Com o IPI congelado, o governo espera que toda a cadeia produtiva fique aquecida e ajude a manter o nível das vendas.
Em janeiro de 2013, a produção de carros subiu 27,1% e as vendas 23,8% em relação a janeiro de 2012. Já a produção em fevereiro deste ano aumentou 4,3% em comparação ao mesmo período do ano passado, mas as vendas caíram 1%.
Mesmo com o congelamento do IPI, algumas concessionárias estão vazias. O gerente Geovani Oliveira não tem a expectativa de que a decisão do governo provoque uma corrida às lojas. “O cliente já está acostumado com esses valores de preço. Se houvesse um preço hoje, por exemplo, de R$ 29 mil e baixasse para R$ 26 mil, R$ 24 mil, aí sim ele correria.”
A medida representa uma renúncia fiscal de R$ 2,2 bilhões de abril a dezembro. Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a queda nas vendas com o IPI mais alto seria um prejuízo maior. “Para manter a produção industrial crescendo é importante que a indústria automobilística continue crescendo. Ela gera empregos e está gerando empregos inclusive no primeiro trimestre desse ano.”
Texto e foto: site Jornal HJ
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