A taxa de mortalidade total no país, que em 2000 era de 29,7‰, isto é,
29,7 óbitos de crianças menores de 1 ano para cada 1.000 nascidos
vivos, teve uma redução de 47,6% na última década. Segundo novos números
do Censo 2010 divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de mortalidade infantil
em 2010 foi de 15,6‰.
O declínio mais acentuado foi observado no Nordeste (58,6%) e o menor,
no Sul (33,5%), região que já apresentava níveis relativamente baixos de
mortalidade infantil.
O alto índice da redução chama atenção e, de acordo com o IBGE, é
explicado, em parte, pelo aumento do salário mínimo e a ampliação dos
programas de transferência de renda, que ajudaram a ampliar a renda
especialmente da parcela mais pobre da população. Isso acarretou em
queda das desigualdades sociais e regionais, atuando em favor da
diminuição da mortalidade infantil no país.
Apesar dos altos declínios, o Brasil ainda precisa reduzir ainda mais a
taxa para se aproximar dos níveis de mortalidade infantil das regiões
mais desenvolvidas do mundo, que fica em torno de 5 óbitos de crianças
menores de 1 ano de idade para cada 1.000 nascidos vivos.
Taxa de fecundidade cai e chega a 1,9 filho por mulher
As mulheres brasileiras estão tendo menos filhos. A taxa de fecundidade
total no país, que era de 2,38 filhos por mulher em 2000, chegou a 1,9
filho por mulher em 2010, apresentando uma queda de 20,1% na última
década, contribuindo para a redução do ritmo de crescimento da população
brasileira.
Em 2010, as regiões Nordeste e Norte apresentaram as maiores quedas:
23,4% e 21,8%, respectivamente, embora possuíssem os mais altos níveis
de fecundidade.
O Acre se destaca como o Estado com a maior taxa de fecundidade do
país, com 2,82 filhos por mulher. Na outra ponta, São Paulo aparece como
o Estado brasileiro onde se tem menos filhos, com uma média de 1,67
filho por mulher.
O Censo ainda revela mudança em uma tendência observada no Brasil até o
ano 2000, que era o rejuvenescimento do padrão da fecundidade, indicado
pelo aumento do número de mulheres engravidando entre 15 e 24 anos de
idade.
Na última década, os grupos de mulheres mais jovens, de 15 a 19 anos e
de 20 a 24 anos, que concentravam 18,8% e 29,3%, respectivamente, da
fecundidade total, passaram a concentrar 17,7% e 27,0%, respectivamente,
em 2010.
O grupo de mulheres de 20 a 24 anos de idade ainda tem a maior taxa da
fecundidade brasileira, mas o padrão, em 2010, já se mostra mais
dilatado do que em 2000.
Censo 2010
Participaram do Censo 2010 cerca de 190 mil recenseadores, que
visitaram os mais de 5.565 municípios brasileiros entre 1º de agosto a
31 de outubro de 2010. Os primeiros dados da pesquisa, que identificou
uma população de 190 milhões de brasileiros, foram revelados em abril de
2011. Ao longo de 2012, serão produzidos novos resultados, apresentados
em volumes temáticos.
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